Ilustração: cacique tamoio, Cunhambebe
por José Carlos Gallas
O Cunhambebe da sua crônica até que está bonito no retrato, na versão inglesa da Wikipedia (vide abaixo). O cocar e o bastão parecem meio fajutos, mas o artista, André de Thevet, da comitiva de Nicolas Durand de Villegaignon e autor das "Singularidades da França Antártica", também costumava usar de psicografia e relatos de marujos para compor seus retratos e histórias.
(Footnotes of History: Acabo de ler que Thevet disputou com Jean Nicot a "honra" de ter introduzido o tabaco na França).
De qualquer maneira, é certo que nossos indígenas consideravam um desperdício e uma afronta à memória do inimigo morto se não comessem suas carnes:
"Nós outros, fortes Tamoios, só de heróis fazemos pasto; não queremos com carne vil enfraquecer os fortes", disse Gonçalves Dias, e lança uma dúvida: será que os europeus das longas viagens, rescendendo ao bodum vil dos escrotos e podex lavados nunca ou só por ocasião da Santa Páscoa, eram vistos pelos índios com especial apetite? Deve ser por causa dessa peculiaridade que nunca comeram Staden - pelo menos no sentido estritamente culinário da palavra.
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