Ilustrações, de cima para baixo: Piri Reis; seu Mapa Mundi;
costas das Américas; Terra do Fogo com Malvinas;
Linha de Tordesilhas.
Piri Reis, cujo nome de
batismo era Hājjī Mehmet, foi um notável
almirante e cartógrafo otomano, nascido em 1465, em Galípoli, Turquia e,
virtualmente, o primeiro mapeador do Arquipélago das Malvinas.
Sobrinho e discípulo de Kemal Reïs, aprendeu a navegar aos doze anos de
idade. No auge do expansionismo otomano, participou de numerosas batalhas, entre
elas o cerco de Veneza (1499 e 1502), a guerra aos
Cavaleiros de Rodes (“Soberana Ordem Militar e Hospitalar de São João de Jerusalém,
Rodes e Malta”, mais conhecida como “Ordem de Malta”, que até os dias atuais
desfruta de status diplomático), além do enfrentamento dos assim chamados
mamelucos do Egito, em 1523.
Reis foi homem de fina erudição e tinha domínio sobre vários idiomas
além do seu, pois falava fluentemente em árabe, grego, espanhol e português.
É muito provável que seu convívio com navegadores espanhóis e portugueses o
tenha inspirado a desenhar algumas cartas náuticas e mapas “de ouvido” – todos
com algumas deformações na escala Mercator, mas compensadas por espantosa beleza
-, porque as esquadras otomanas jamais haviam abandonado os contornos do
Mediterrâneo, em direção ao Atlântico.
A maioria destas cartografias ilustra sua obra de maior fama, o
Kitab-i-Bahriye, ou “Livro das Matérias Marinhas”, editado sob forma de atlas náutico
que Piri Reis dedicou ao sultão Solimão o Magnífico, em 1526, considerado
perdido, mas recuperado quatrocentos anos mais tarde, em 1929, e conservado
pelo Museu Topkápi de Istambul. A reprodução de seu famoso “Mapa de Piri Reis” ilustra
até hoje bilhetes turcos de 10 milhões de Liras.
Integra a coletânea náutica o mapa das costas americanas, traçado em 1528,
no qual Piri Reis atualizou informações de cartas náuticas portuguesas, pois
ele inclui os descobrimentos feitos por Gaspar de Corte Real, e nele vê-se reproduzidas Cuba e a Flórida, erroneamente também caracterizada como ilha.
A leste do extremo austral da América do Sul (A Terra do Fogo) cuja
reprodução se reconhece “deitada”, percebe-se um conjunto de ilhas,
unanimemente identificadas pelos cartógrafos da atualidade como sendo o Arquipélago
das Malvinas. E a linha imaginária de Tordesilhas não deixa dúvida: pertencia à Espanha; que o legou à Argentina.
Um comentário:
Interessante interpretação, sem recorrer a extraterrestres anteriores a glaciações.
Aliás, toda a informação referente ao sul da america (e à costa pacífica desse continente, creio que se deve a navegações secretas portuguesas.
A principal prova é a viagem de magalhaes, anos mais tarde, ter rumado diretamente ao paralelo 52º sul, onde o próprio jurava existir 1 estreito que «tinha visto num mapa do rei de Portugal»
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