Dalton Trevisan em foto não autorizada (de Baiano)
O escritor curitibano Dalton Trevisan, 86, foi anunciado o
vencedor da 24ª edição do Prêmio Camões nesta segunda-feira (21), em Lisboa. A
premiação, criada em 1988 por Brasil e Portugal, é o principal reconhecimento
da literatura em língua portuguesa.
O júri, formado por seis representantes de Portugal,
Brasil, Moçambique e Angola, reuniu-se nesta manhã para eleger o ganhador.
Dalton Trevisan foi premiado por sua "dedicação ao fazer literário",
segundo o escritor Silviano Santiago, um dos integrantes do júri.
"A escolha de Dalton Trevisan foi unânime. Houve
uma discussão maravilhosa entre os membros do júri de cerca de duas horas e
depois chegamos a essa decisão consensual", afirmou Santiago em nota
divulgada pela Fundação Biblioteca Nacional, responsável pelo prêmio no Brasil.
"Primeiramente, pela contribuição extraordinária de Dalton Trevisan para a
arte do conto, em particular para o enriquecimento de uma tradição que vem de
Machado de Assis, no Brasil, de Edgar Allan Poe, nos EUA, e de Borges, na
Argentina."
Nascido em Curitiba em 14 de junho de 1925, Dalton
Jérson Trevisan é autor de "O Vampiro de Curitiba" (1965),
uma das suas obras mais conhecidas. O escritor venceu quatro prêmios Jabuti
--por "Novelas Nada Exemplares", em
1960, "Cemitérios dos Elefantes", em
1965, "Ah, É?", de 1995, e "Desgracida", em 2011.
Entre outros títulos notáveis do escritor estão "Vozes do Retrato - Quinze Histórias de Mentiras
e Verdades" (1998), "O Maníaco do Olho Verde" (2008), "Violetas e Pavões"(2009) e "O Anão e a Ninfeta" (2011).
* Fonte: Ilustrada, Folha de S. Paulo, 21/5/2012
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