Ilustrações: Heyle, Pascal Renoux
Este eu, um recipiente que
desde que ninguém o abra,
parece compacto, liso
como um Kinder Ovo,
quase apetitoso. Somente lá
no interior está escuro. Quem sabe
o que estará dentro, à tua espera
Obsessões, sem dúvida,
hábitos enferrujados
medos incompreensíveis
truques de segunda mão
desejos infantis.
Que tu a desejes ter
a esta prenda embrulhada
roça o milagre.
Um comentário:
Un poema que roza el milagro, y la sorpresa también, como ese huevo Kinder al que alude en uno de sus versos.
Um abraço, Frederico.
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