Juízes latino-americanos se solidarizam com Garzón
A Rede Latino Americana de Juízes (Redlaj), entidade que reúne
juízes de 19 países da América Latina e Caribe, emitiu nota de solidariedade ao
juiz espanhol Baltasar Garzón, condenado pelo Supremo Tribunal espanhol por
ordenar a escuta de conversas de advogados com clientes presos. Garzón não
poderá exercer atividades ligadas à magistratura por 11 anos.
Ao lamentar o veredito do tribunal espanhol, a Redlaj
reconheceu o esforço do juiz espanhol em “diversas causas de Direitos Humanos,
possibilitando seu franco desenvolvimento e reafirmando a consciência
internacional de que os crimes de lesa humanidade devem ser julgados,
independentemente das fronteira”.
Garzón ficou conhecido por ter decretado a prisão do ex-ditador
chileno Augusto Pinochet, em 1998. Além de sua luta em defesa dos direitos
humanos, ganhou fama também por seu estilo justiceiro, e de passar por cima da
lei para atingir seus objetivos.
De acordo com a Justiça da Espanha, Garzón prejudicou o direito
de defesa, ao ordenar a gravação de conversas na prisão entre advogados e seus
clientes, acusados de fazer parte de um esquema de corrupção envolvendo membros
do Partido Popular, que hoje governa o país. O juiz foi acusado, ainda, de
abuso de poder e de desrespeito à Lei de Anistia espanhola de 1977, que
absolveu supostos crimes cometidos durante a ditadura do general Francisco
Franco (1939-1975).
Leia
a nota da Redlaj
PRONUNCIAMIENTO
Lima (Perú) y Belo
Horizonte (Brasil) 14 de febrero de 2012
LA
RED LATINOAMERICANA DE JUECES — REDLAJ, entidad
internacional, con jueces y magistrados representantes en diecinueve países de
América del Sur, Centroamérica, Caribe y México, ante la sentencia emitida por
el Tribunal Supremo Español, contra el Juez Baltasar Garzón, considera
necesario emitir el siguiente pronunciamiento:
Ante el juicio que se
siguió contra el Juez Baltasar Garzón, hemos guardado prudente silencio con la
expectativa que el fallo guarde consonancia con lo actuado en el proceso,
atentos a que quienes juzgaban, integrantes del más elevado Tribunal de
Justicia de España, se encuentran constitucionalmente legitimados.
El resultado del
proceso, no es el esperado por que conocedores de la trayectoria del Juez
Baltasar Garzón, apreciamos el valor y esfuerzo que puso en diversas causas de
Derechos Humanos, posibilitando su franco desarrollo y reafirmando la
conciencia internacional de que los crímenes de lesa humanidad serán juzgados
independientemente de las fronteras.
Nos solidarizamos con
el digno Juez Baltasar Garzón y reafirmamos nuestra vocación de defender los
más caros principios de la jurisdicción: la independencia del Juez, su
autonomía funcional, libertad para interpretar la ley y vocación de impartir
justicia.
Elvia Barrios Alvarado (Perú)
PRESIDENTE
PRESIDENTE
José Eduardo de Resende Chaves Júnior (Brasil)
VICE-PRESIDENTE
VICE-PRESIDENTE
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