Sobre a Havanomania disse, com uma pitada de bom humor, o escritor e crítico cinematográfico cubano, Juan Antonio García Borrero, Presidente da "Cátedra de Pensamiento Audiovisual Tomás Gutiérrez Alea" (2002): “Reconozco que cuando uno se asoma al Prado, y se fija en la fachada de algunas de esas residencias monumentales, nos queda la impresión de estar en presencia de una mujer que, aunque muy entrada en la tercera edad, todavía nos sugiere lo que fue el poder letal de su capacidad juvenil de seducción. Pero al final, eso no me cura la habanafobia que padezco”.
Desde o final dos anos 80, Havana vem sendo explorada como mito estético na literatura local e no cinema mundial, seja através da obra de Juan José Gutierrez, ou seja nostalgicamente exposta em “Buena Vista Social Club” (2000), de Wim Wenders.
O documentário “La Habana: El arte nuevo de hacer ruinas” (2006), dirigido pelos cineastas alemães, Florian Borchmeyer e Matthias Hentschler, se insinua como retrato das vidas e reflexões de gente forçada a viver e trabalhar em edificações semi-destruidas da capital cubana.
Um escritor, Antonio José Ponte*; um casal de velhos, cuja chácara fora confiscada pela Revolução; o vigia e único habitante-espectador de um teatro abandonado; o encarregado da manutenção de um edifício do início do séc. XX e sua ex-esposa; como também uma jovem que a cada noite adormece atomentada pela fantasia de que venha abaixo o telhado de sua casa, são os personagens que narram suas vidas e falam de seus sonhos ou conflitos gerados pelo entorno em que vivem - as ruinas da cidade de Havana.
Pelo filme, estreado em 2006, os cinestas alemães levaram o Bayerischer Filmpreis (melhor documentário, governo da Baviera), e em 2008 o filme foi agraciado com o prêmio de melhor documentário internacional no III Festival Internacional de Cine Documental de la Ciudad de México. Em 2006, o filme protagonizaria um episodio que muita gente associou à censura do governo cubano, no Festival de La Habana, mas alguns meses depois foi reprovado pelo Festival de Miami.
*Asiento en las ruínas (Madrid: Renacimiento, 2005): e Un arte de hacer ruinas y otros cuentos (México, Fondo de Cultura Económica, 2005), ee.oo.
O filme:
http://www.lakadena.com/2009/02/la-habana-el-arte-nuevo-de-hacer-ruinas/
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