24 dezembro 2013

Ricardo Darin / Alfredo Cuervo Barrero: Queda Proibido




Homenagem do ator Ricardo Darin 
às Madres de Plaza de Mayo 


¿Qué es lo verdaderamente importante?,
busco en mi interior la respuesta,
y me es tan difícil de encontrar.
Falsas ideas invaden mi mente,
acostumbrada a enmascarar lo que no entiende,
aturdida en un mundo de irreales ilusiones,
donde la vanidad, el miedo, la riqueza,
la violencia, el odio, la indiferencia,
se convierten en adorados héroes,
¡no me extraña que exista tanta confusión,
tanta lejanía de todo, tanta desilusión!.


Me preguntas cómo se puede ser feliz,
cómo entre tanta mentira puede uno convivir,
cada cual es quien se tiene que responder,
aunque para mí, aquí, ahora y para siempre:


Queda prohibido llorar sin aprender,
levantarme un día sin saber qué hacer,
tener miedo a mis recuerdos,
sentirme sólo alguna vez.


Queda prohibido no sonreír a los problemas,
no luchar por lo que quiero,
abandonarlo todo por tener miedo,
no convertir en realidad mis sueños.


Queda prohibido no demostrarte mi amor,
hacer que pagues mis dudas y mi mal humor,
inventarme cosas que nunca ocurrieron,
recordarte sólo cuando no te tengo.


Queda prohibido dejar a mis amigos,
no intentar comprender lo que vivimos,
llamarles sólo cuando los necesito,
no ver que también nosotros somos distintos.


Queda prohibido no ser yo ante la gente,
fingir ante las personas que no me importan,
hacerme el gracioso con tal de que me recuerden,
olvidar a todos aquellos que me quieren.


Queda prohibido no hacer las cosas por mí mismo,
no creer en mi dios y hallar mi destino,
tener miedo a la vida y a sus castigos,
no vivir cada día como si fuera un último suspiro.


Queda prohibido echarte de menos sin alegrarme,
odiar los momentos que me hicieron quererte,
todo porque nuestros caminos han dejado de abrazarse,
olvidar nuestro pasado y pagarlo con nuestro presente.


Queda prohibido no intentar comprender a las personas,
pensar que sus vidas valen más que la mía,
no saber que cada uno tiene su camino y su dicha,
sentir que con su falta el mundo se termina.


Queda prohibido no crear mi historia,
dejar de dar las gracias a mi familia por mi vida,
no tener un momento para la gente que me necesita,
no comprender que lo que la vida nos da, también nos lo quita.


Alfredo Cuervo Barrero
Vizcaya, España


Nota do editor: Sete anos após ser publicado pela primeira vez por seu autor, em 2008
o poema "Queda Proibido" surge na Internet atribuído a Pablo Neruda, por isso
febrilmente reproduzido.  A lenda da falsa autoria se mantém até que seu autor, um jovem poeta vizcaíno de 22 anos de idade, vem a público cobrar sua autoria - eis sua mensagem, publicada em Caos Y Entropía:



Hola buenas tardes. Les envío este E-Mail en relación con un poema que tienen ustedes publicado en su página web, se titula Queda Prohibido y aparece atribuido a Pablo Neruda. Decirles que este poema pertenece a Alfredo Cuervo Barrero. Les estaría agradecido si me enviaran la fuente de la cual lo han sacado ya que por varias zonas de Internet aparece atribuido a Neruda.
Como prueba de mi autoría aquí les envío los siguientes puntos.
1º) El poema Queda Prohibido está inscrito en el registro de Propiedad Intelectual de Vizcaya a nombre de Alfredo Cuervo Barrero. Número de inscripción BI -13- 03.
2º) La fundación Pablo Neruda de Chile ha negado que este poema pertenezca al poeta, puede corroborarlo enviándoles un E-Mail en su página Web.
3º) Queda Prohibido fue publicado por primera vez en Internet el 23 de Julio de 2001 en la página deusto.com, un poco extraño que siendo un poema “ tan hermoso de Pablo Neruda”, como se ha comentado en ciertas páginas, no haya ni una sola Web con el poema publicado antes de dicha fecha.
De todas formas la poesía que circula en dichas páginas no es la original, sino una copia amputada de la misma. Aquí se la envío completa por si es de su agrado y desea publicarla en su página.
Sin más, un saludo.
Alfredo.

22 dezembro 2013

Manoel de Andrade: O significado do Natal

Ilustração: Jesus, o Bom Pastor - ícone russo

Nestes dias que precedem o Natal, ocorre-me pensar nas tantas portas que se fecham para o seu real significado, mascarado por estranhas personagens natalinas e maculado por poderosos interesses mercadológicos. Ocorre-me também pensar que se o Cristianismo fosse verdadeiramente interpretado não haveria tantos sectarismos e o simbolismo da manjedoura de Belém seria fraternalmente reverenciado no mundo inteiro, além da barreira das religiões.

Jesus não fundou nenhuma igreja, nem dogmatizou nenhuma religião. Trouxe-nos a imagem de Deus como um pai, mostrou a importância da religiosidade e nos revelou o significado incondicional do amor. Não escreveu nada, mas deixou, na memória de seus discípulos, a sabedoria de suas parábolas e, no Sermão da Montanha, toda a essência do cristianismo, falando do amor aos inimigos, do perdão das ofensas e da importância de dar a outra face como um caminho aberto para a reconciliação. Resumindo, quis dizer-nos que ser cristão é saber transformar o orgulho em humildade e o egoísmo em amor.

A ênfase de sua filosofia propunha a redenção humana pela educação e não pelo constrangimento. Embora abominasse o pecado, Ele amava o pecador e acreditava que educar é despertar o senso da justiça, do amor e da beleza moral que existe, potencialmente, em cada ser humano. Nesse sentido, entre tantos fatos de sua vida pública, exemplificou sua tolerância e sua caridade diante da mulher adúltera e do bom ladrão, no alto do Calvário.

Passados vinte séculos hoje perguntamos qual o significado do seu nascimento para cada um de nós. Sobretudo perguntamos quantos já leram e estudaram o seu Evangelho. Nesse singelo banco escolar que é o planeta, -- onde ainda somos espiritualmente crianças -- seu conteúdo é uma cartilha insubstituível para soletrarmos o beabá do amor, da paciência e do perdão. Diante das sabatinas diárias da vida é imprescindível aprendermos o que significa “orar e vigiar” e não fazer a ninguém o que não queremos que nos façam. Quantos são capazes de vivenciar suas lições e seus exemplos, ante as provas e os embates do dia a dia, oferecendo a outra face ante o agressor e perdoando sempre? Se já começamos a ensaiar essa difícil conduta então Jesus já nasceu para nós e temos um Natal para comemorar. Mas muitos ainda trazemos o coração fechado a essa realidade, tais como as estalagens de Belém, cujas portas se fecharam ao seu nascimento.

Se perguntássemos a Paulo de Tarso onde nasceu Jesus, ele certamente diria que foi diante das Portas de Damasco, onde chegou para aprisionar alguns cristãos da cidade. Se perguntássemos a Maria Madalena onde Ele nasceu, com certeza, responderia que Jesus nasceu para ela na casa de Simão, o fariseu. Foi ali que depois de lavar e enxugar seus pés ela ouviu sua voz compassiva perdoando-lhe os pecados.

Onde predomina o orgulho e o egoísmo --- essas patologias crônicas da alma humana --- Ele não poderá renascer, ainda que invocado em rituais e ladainhas. É imprescindível que façamos do coração uma manjedoura humilde para que Jesus possa renascer em nossas vidas. Caso contrário, além da beleza sentimental da fraternidade e o significado envolvente do Natal no seio da família, temos apenas uma data histórica para comemorar, com muitos presentes, a figura patética de um Papai Noel, um banquete de sabores e aparências e o apego às ilusões do mundo.